quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Dar-se

Cada um dá na medida em que pode dar. E mais não lhe pode ser exigido. Nem que às vezes sintamos que mereciamos receber mais. Às vezes mereciamos mesmo. Mas cada um dá, faz, ama na medida em que pode.

Aceitar isto nem sempre é fácil. Não é um processo tranquilo. Mas é essencial... Nunca é fácil querer algo e não o ter. Não quando se quer muito, não, não é nada fácil e nada tranquilo... Mas também nós próprios nem sempre conseguimos dar quanto gostariamos. É um longo caminho, aprender a dar mais e a receber só aquilo quanto o que os outros podem dar.

Lá está... Cada um dá, faz, ama na medida em que pode. De vez em quando preciso de me lembrar disto para não ficar magoada.

domingo, 3 de outubro de 2010


Quando o futuro é incerto, é tão bom reparar que algumas coisas do passado, embora diferentes, mantêm a sua essência!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

E esta, hein?


Uma amiga disse-me uma vez: “ …Depois vem outra com menos medo que nós… e fica com ele.”


Ela tem razão. É que há gente que gosta realmente de brincar com o fogo. E não é que se dão bem?!

Eu continuo a ficar perplexa com isto. Não percebo isto, não percebo nada. Nem os que fazem porcaria nem os que deixam fazer. É que uma coisa é não ter medo, outra bem diferente é não ter consciência. Há coisas que não se devem fazer, por uma questão de honestidade. Há assim umas alminhas que não têm medo nenhum de fazer porcaria (porcaria má mesmo, não são aquelas asneiras que dá gosto fazer ;P). E saem-se bem! Olha que há cada coisa… E não adianta virem dizer-me que essas pessoas acabam por ter a paga. Ai têm? Olhem, já acreditei mais nisso…

A aparente facilidade com que certas pessoas obtêm o que querem espanta-me. Qual será a receita para tamanho feito? Coragem? Hmmm, duvido… Não vejo coragem nenhuma em certos comportamentos, vejo sim uma tremenda falta de respeito. Mas pronto, parece não haver nada a fazer. E embora prefira (mesmo) ser como sou, às vezes dou por mim a pensar que quem não tem medo de fazer porcaria lá vai levando a água ao seu moinho e o resto dos patetas ficam a olhar. Perplexos, como eu.


Alegria, alívio e uma ponta de tristeza

É o que sinto em relação à conclusão do meu mestrado.

Correu bem, muito bem, a defesa da dissertação. Melhor do que estava à espera! Daí o sentimento de alegria, pela conclusão desta etapa final (deu muito trabalhinho!) e pelos elogios que ouvi (obrigada :D) e a felicidade genuína que as pessoas que gostam de mim demonstraram sentir. No final de tudo, já com a nota, senti um alívio bem grande… Consegui! Terminei! E até correu bem… Puf, já passou! :)

Depois, no meio da alegria, lá veio uma ponta de tristeza. Acabei, pois… e com a conclusão do mestrado, de repente uma pessoa vê-se assim sem saber muito bem o que fazer a seguir. Tenho pena sobretudo de deixar algumas pessoas que encontrei. O sentimento de pertença fica baralhado, confuso. Subitamente, já não pertenço ali, não da mesma forma… Tenho pena, pois claro.

Mas para já vou gozar as minhas férias, o Verão, o calorzinho (espero eu!). Depois, quando as férias já estiverem a prolongar-se demasiado, entro em depressão. Mas só nessa altura! J

quinta-feira, 3 de junho de 2010

O gato e os seus parentes

Gato que é gato adora mimos, que lhe cocem o pêlo e as orelhas e lhe dêem atenção. Mas só quando ele quer. Apenas nessas ocasiões. No resto do tempo, quer paz e sossego, uma bela sesta ao sol ou em cima da almofada mais fofa da cama do dono. Se formos lá chateá-lo rosna e morde, ou levanta-se e foge para debaixo da cama até desaparecermos da vista dele.

Vejo aqui certas semelhanças com outros mamíferos que gostam muito de companhia em certas alturas e nas outras mantêm distância. Ou pelo menos, tanto lhes faz se têm companhia ou não (ou assim parece).

Isto é uma coisa que me intriga um tanto ou quanto. Mas já aceito sem ficar magoada. Talvez também eu seja assim, às vezes. Já disse, esse deve ser mesmo o meu problema, essa semelhança com tais seres.

De qualquer forma, não há como fugir... Eu adoro gatos... e tudo quanto se parece com eles.

Encontro Nacional da JUFRA



Foi ESPECTACULAR! :D

Sem dúvida que compensou o tempo, esforço e preocupações. Foi maravilhoso ver todas as mãos que se estenderam para ajudar. Já não estavamos habituados...

:D

Beijinhos para todos os que estiveram presentes! (e para os que queriam vir e não puderam :))

terça-feira, 18 de maio de 2010

Marcas

Às vezes, as feridas dos outros estão muito bem escondidas. E quando temos um vislumbre delas, passamos a compreender certas coisas muito melhor.

O que é interessante (ou não) é que quem paga pelas feridas que nos foram feitas raramente é a pessoa que as fez. É quem vem depois, que não sabe de nada e nada compreende, que leva com o medo que outra alminha qualquer criou em nós. "Como tu me magoaste, não vou deixar que mais ninguém se aproxime como tu aproximaste."

Que injusto!!!

Mas que se chegue à frente quem consegue enfrentar todas as situações da vida de peito aberto... Pois...

Cada um de nós tem as suas mazelas. Podem estar mais bem escondidas ou não. E é sempre um pouco embaraçoso quando somos confrontados com as do outros e percebemos que, às tantas, até fomos injustos e insensíveis em determinada altura...

Desculpa... se já fui injusta contigo.

No entanto, há duas coisas que não podemos esquecer. A primeira é que o medo não serve para nada, nem sequer nos protege seja do que for. Há que mandar o medo às urtigas e em vez disso usar apenas bom senso. A segunda é que...

...se não deixarmos que cuidem de nós, ninguém conseguirá cuidar...


Um beijinho para cada um

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Repeat, repeat, repeat...




Quem é que pôs a minha vida em modo "repeat"?

Quem foi, que eu bato-lhe?!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

versus




Aquela história do anjinho num ombro, diabinho no outro? Tenho a dizer que é tudo verdade, verdadinha. Tenho um de cada lado, e discutem acaloradamente todo o santo dia. Um dia perco a cabeça e ouço só o diabinho.

(Neste momento, já está o anjinho a dizer “Perdes, perdes… Tem mas é juízo!”)

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Ginásios

Andei a vaguear pelo mundo da blogosfera e às tantas ponho-me a ler um post acerca de ginásios e da correria típica aos ditos por esta altura, para preparar o Verão. É que acontece mesmo. Eu ando num ginásio e já reparei que cada dia está mais cheio e é mais difícil estacionar nas imediações.
Ora eu acho isto um bocado triste, mas tenho consciência que estou a falar, até certo ponto, "de barriga cheia". Sou uma das poucas alminhas que não anda no ginásio para emagrecer. Eu ando lá porque:
1-Sou demasiado preguiçosa para fazer exercício por iniciativa própria. Assim, já que o dinheirinho desaparece da conta todos os meses, mais vale aproveitar; há sempre esse remorso se me baldar muitas vezes...
2-Eu quero é ficar em forma, com mais energia, flexibilidade, força. Se decidir ir pelas escadas, não quero chegar a casa a deitar os bofes pela boca; não quero gemer por me doerem os braços se os sacos do supermercado estiverem muito pesados ou se tiver de carregar caixotes e açafates cheios de tralha (vida de bióloga não é só contar bichinhos... :P)
3-Não quero emagrecer, quanto muito quereria engordar, mas o ideal era manter o peso, e a actividade física faz abrir o apetite (dizem!). Cada um com as suas dificuldades, não tenho qualquer orgulho em parecer uma escanzelada vinda de um campo de concentração, e às vezes acho que pareço. O F. diz que é fácil, é sentar-me com uma caçoila de carne à frente... Mas não é :P

E pronto, o desporto concerteza não me vai garantir longevidade, mas se puder ajudar, há que tentar...
Se o exercício físico melhorar o meu aspecto, não se perde nada... Obviamente. Especialmente ali numa certa zona que... enfim. Mas não é de certeza absoluta o meu maior factor de motivação, até porque boazona nunca hei-de ficar. Mas não faz mal nenhum, aqui no mundo há espaço para todas! Eheheheheh :)

Ainda relacionado com os blogs e opiniões que estive a ler, pude constatar mais uma vez que não sou a única a achar deprimente certas figurinhas que se fazem por aí pelos ginásios.
Podemos começar pelos "galos", como gosto de lhes chamar, termo que muito diverte a minha colega T. São aqueles senhores que vão para a sala da musculação, da qual fujo como o Diabo foge da cruz, levantar ferro e puxar as maquinetas e fazer 30 por uma linha até estarem a pingar suor. Fazem muitas caretas e bufam até ficarem sem ar. Depois, levantam orgulhosamente a t-shirt de cavas e mostram os abdominais (ou amostra) ao amigalhaço para lhe fazer inveja. A seguir, imagino que vão para o balneário passear-se em pelota para mostrar também o rabiosque... Pelos comentários que li, é o que fazem de facto.
As senhoras, por seu lado, fazem coisas semelhantes. Já várias vezes comentei com a minha colega C. as coisas que se vêm no balneário. Está bem que somos todas mulheres e tal, mas algumas coisas tendem mais para o exibicionismo que para a auto-aceitação. Não me parece muito lógico ficar durante 10 minutos toda nua a secar o cabelo junto à porta de vidro do balneário havendo gente a entrar e sair sem parar. Nem me parece muito confortável ficar a conversar durante 15min no meio do corredor de cuecas na mão, a contar a última cusquice acerca da cunhada da amiga. Quanto a mim, tento evitar assistir a estas cenas passando o menor tempo possível dentro de um balneário apinhado de gente e de roupa e por vezes de vapor de água. E ainda há as tristes que vão cheias de maquilhagem e todas jeitosonas, mas que depois fazem a aula com uma camisola atada à cintura para as outras não repararem que, tal como as restantes mortais, têm celulite no rabo... Haja paciência. São estas as que arrecadam mais assobios e olhares gulosos dos galos mais assíduos e espalhafatosos da medonha sala de musculação. Que se aturem uns aos outros, livra!!

Felizmente, ainda por lá anda muita gente normal. Tentam ser assíduos mas baldam-se de vez em quando, têm preguiça, pensam "que seca..." quando puxam por eles num "dia não", e preferem passar o tempo livre na rua com os amigos ou a descansar em vez de ser a tentar fazer inveja ao outro num balneário...

Dito isto, podem continuar a gozar comigo por ir ao ginásio que eu não me importo nada, porque sinto que não me enquadro no grupo das tristes personagens que por lá andam às vezes. Se não fosse tão azelha, faria um desporto de equipa, mas acho que não tenho jeito para nada e não quero estorvar quem tem. Portanto, vou continuar a frequentar discretamente as aulinhas no ginásio. Ao menos quando lá estou não penso em nada nem ninguém.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Após "Uma canção por ti!"

Ainda no rescaldo desse grande evento que foi o concerto no Sábado (eheheh), tenho duas ou três coisas a dizer.

Primeiro, é fantástico ver como as pessoas, especialmente as destas localidades que pertecem à cidade mas já ficam nos seus arredores, se entusiasmam e juntam para conseguirem algo juntos e para apoiarem os filhos da sua terra nas iniciativas que eles têm. Faz-me lembrar uma senhora na Gafanha da Encarnação que, ao ver passar o grupo em que eu estava inserida durante uma actividade, nos convidou alegremente a entrar na sua casa para comer e beber, "o que quiserem!", dizia ela, para recuperarmos forças. E não nos conhecia de lado nenhum. Ignorância minha, admito, mas pensava que isto já não existia.
Uns por curiosidade, outros para ajudar, a maioria um misto de ambos, o que é certo é que se juntaram ali perto de duas centenas de pessoas no Sábado e que a maioria se conhecia e se cumprimentava alegremente à chegada. Para mim, que não cresci ali, foi como chegar ao jantar de uma família que não era a minha. Foi estranho, mas não foi desconfortável. Foi um delicioso momento de observação de algo que não estou habituada a ver! ;)

Segundo, foi mesmo divertido! A sério que sim. Não sei bem como foi possível, mas até nem fiquei muito nervosa, estava muito mais calma do que estava a contar. Portanto, usufruí do espectáculo todo. (Confissão: às vezes é libertador ter pensamentos autodestrutivos. Um dia explico, se mo pedirem com jeitinho :p)

Obrigada a quem foi, a quem contribuiu para se conseguir comprar a cadeira de rodas, e por me terem chamado para fazer parte :)

domingo, 18 de abril de 2010

Obrigada!

Sem amigos ninguém escolheria viver, mesmo que tivesse todos os outros bens.
(Aristóteles)

Sem dúvida, Aristóteles.

Muito obrigada a todos os meus queridos amigos!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Uma canção por ti!

Fazendo minhas as palavras do Fábio (estou preguiçosa eheheh)...

"Olá amigos!

Venho aqui divulgar um grande acontecimento.

Um concerto organizado pelos Eternamente Fieis à Garagem (Fábio e Bernardo, Site: http://aindanagaragem.blogspot.com/).

Decidimos convidar alguns amigos para partilharem o palco connosco e ao mesmo tempo unirem-se a uma causa nobre. Vamos angariar fundos para uma cadeira de rodas para o Centro de Formação e Cultura da Costa do Valado.

O concerto terá lugar no Auditório da Junta de Freguesia de Oliveirinha às 21 horas no dia 24 de Abril. O preço é de 1 Euro e vai haver bilhetes à venda. Compra o teu antes que esgote!"


Ouviram? Toca a comprar bilhetes!! Podem comprá-los à minha pessoa.

Também vou cantar... Sim, é verdade, meu Deus... Vai ser liiiindo eheheheheh :D

Fico à vossa espera!






A simples perspectiva de um bom bocado passado com os amigos consegue fazer milagres ao ânimo!...

:)


domingo, 28 de março de 2010

Resta-me só um triste fado...



"Vida Tão Estranha"

São de veludo as palavras
Daquele que finge que ama
Ao desengano levo a vida
A sorte a mim já não me chama

Vida tão só
Vida tão estranha
Meu coração tão maltratado
Já nem chorar me traz consolo
Resta-me só um triste fado

A gente vive na mentira
Já não dá conta do que sente
Antes sozinha toda a vida
Que ter um coração que mente

Vida tão só
Vida tão estranha
Meu coração tão maltratado
Já nem chorar me traz consolo
Resta-me só um triste fado


Música de Rodrigo Leão
Voz de Ana Vieira

sábado, 13 de março de 2010




É tudo quanto tenho a dizer.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Pegadas na areia

"Uma noite eu tive um sonho...

Sonhei que andava a passear na praia com o Senhor e, no firmamento, passavam cenas da minha vida. Após cada cena que passava, percebi que ficavam dois pares de pegadas na areia: um era meu e o outro era do Senhor.

Quando a última cena da minha vida passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia, e notei que muitas vezes, no caminho da minha vida, havia apenas um par de pegadas na areia. Notei também que isso aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiosos do meu viver. Isso aborreceu-me deveras e perguntei então ao Senhor:

-Senhor, Tu disseste-me que, uma vez que resolvi seguir-Te, Tu andarias sempre comigo, em todos os caminhos. Contudo, notei que durante as maiores tribulações do meu viver, havia apenas um par de pegadas na areia. Não compreendo porque é que nas horas em que eu mais necessitava de Ti, Tu me deixaste sozinho.

O Senhor respondeu-me:

-Meu querido filho, jamais te deixaria nas horas da prova e do sofrimento. Quando viste na areia apenas um par de pegadas, eram as minhas. Foi exactamente aí que peguei em ti ao colo."





Levas-me agora, por favor?


...